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Saúde mental dos homens: porque é que eles ainda têm dificuldade em pedir ajuda?

19 de Novembro de 2025

Saúde mental dos homens: porque é que eles ainda têm dificuldade em pedir ajuda?

Falar de saúde mental é falar de qualidade de vida. Ainda assim, quando o assunto é emocional, muitos homens continuam a enfrentar um obstáculo silencioso: a dificuldade em pedir ajuda.

Num mês dedicado à saúde masculina, o Novembro Azul convida também à reflexão sobre um tema cada vez mais urgente: a importância de cuidar da mente com a mesma atenção que se dedica ao corpo.

Um silêncio cultural que custa caro

Durante gerações, a sociedade ensinou os homens a “aguentar firme”, a “ser fortes” e a não demonstrar fragilidade. Essas ideias, profundamente enraizadas, continuam a ter impacto.

Estudos recentes da Organização Mundial da Saúde mostram que os homens procuram apoio psicológico muito menos do que as mulheres e apresentam maior resistência a reconhecer sintomas de depressão e ansiedade.

Muitos associam o sofrimento emocional a fraqueza, quando, na verdade, é um sinal humano e universal. Essa resistência em procurar ajuda leva frequentemente a atrasos no diagnóstico e no tratamento de perturbações mentais, aumentando o risco de complicações graves, como o burnout, a dependência e até o suicídio.

Depressão e ansiedade: diferentes nos homens

Os sintomas da depressão e da ansiedade podem manifestar-se de forma distinta no público masculino. Em vez de tristeza evidente, é comum surgirem sinais como:

  • irritabilidade e explosões de raiva;
  • isolamento ou afastamento social;
  • aumento do consumo de álcool ou outras substâncias;
  • diminuição do rendimento profissional;
  • alterações do sono e do apetite;
  • falta de motivação e energia.

Reconhecer estes sinais é essencial para quebrar o ciclo do silêncio. Quanto mais cedo se procura ajuda, mais eficaz é o tratamento e melhor a recuperação.

A importância da prevenção emocional

Cuidar da mente é uma forma de prevenir doenças físicas e emocionais. O stress crónico, por exemplo, está associado a problemas cardíacos, digestivos e imunológicos, além de contribuir para a fadiga e a irritabilidade.

Adotar hábitos de vida saudáveis — como dormir bem, praticar exercício físico, manter uma alimentação equilibrada e falar sobre o que se sente — é fundamental para preservar o equilíbrio emocional.

Mas é igualmente importante que as instituições, as famílias e as empresas promovam espaços de diálogo e normalizem o apoio psicológico como parte do cuidado em saúde.

O papel da comunicação e do exemplo

Quando figuras públicas, líderes comunitários ou profissionais de saúde falam abertamente sobre as suas experiências emocionais, ajudam a quebrar o estigma.

A mudança começa com o exemplo: dentro das famílias, entre amigos e nas equipas de trabalho. Mostrar que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade, inspira outros a fazer o mesmo.

Como em qualquer outra área da saúde, a prevenção e o acompanhamento atempado salvam vidas.

Cuidar da mente é também um ato de coragem

A saúde mental deve ser encarada como parte integrante da saúde global. Procurar ajuda, conversar com um profissional e reconhecer as próprias emoções são passos fundamentais para viver com mais equilíbrio.

Nas Misericórdias Saúde, o cuidado com o bem-estar emocional é uma prioridade. As equipas multidisciplinares estão preparadas para apoiar quem enfrenta momentos de maior vulnerabilidade psicológica, promovendo acompanhamento humano, confidencial e acessível.

Cuidar da mente é um ato de coragem e é também uma forma de cuidar da família, dos amigos e da própria vida.

 


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